Muito bem, chegamos ao final do curso de discipulado. Se você conseguiu chegar até aqui, então está de parabéns, pois com certeza não lhe faltaram barreiras para desanimá-lo. Você venceu e com certeza foi muito abençoado.
Aqui começa um novo desafio, bem maior do que o
primeiro. É o desafio de passar para frente o que você aprendeu. Você somente
será um verdadeiro discípulo se completar este
propósito, pois o sentido deste curso é este – formar discípulos de
Cristo, que formem outros discípulos, que por sua vez, formarão outros ainda.
Nesta unidade, estaremos estudando alguns princípios que
foram usados para que você tivesse a oportunidade de receber este discipulado,
que está finalizando agora, e também para que você também se torne um
discipulador.
Um dos maiores equívocos que adentraram na igreja, no
decorrer dos séculos, e que a tem prejudicado muito, é a idéia de que quem deve
fazer a obra da propagação do evangelho é um grupo especial de pessoas,
chamados de pastores e líderes. Nessa visão, os membros das igrejas são apenas
“ovelhinhas”, que devem permanecer sentadas em seus bancos para serem cuidadas
e alimentadas. O restante do trabalho deve ser realizado pelos pastores e
líderes da igreja. No entanto, entendemos pela Palavra de Deus que não foi isso
que Cristo deixou para a igreja. Existem funções para pastores, mas o plano de
Deus é que todos os salvos trabalhem pela evangelização do mundo.
O discipulado cristão é um acompanhamento
individual, onde uma pessoa madura espiritualmente transmitirá uma
série de mensagens, experiências e desafios para outra pessoa mais nova (não no
sentido da idade, mas de entendimento espiritual), para que ela possa seguir,
através de uma convivência. Visa levar pessoas a seguirem o exemplo de Cristo
em todas as áreas da vida, vivendo e agindo como Ele ordenou, fazendo a vontade
de Deus.
Na verdade foi isso que aconteceu com você durante estas
nove lições que já se passaram. Você foi auxiliado e desafiado por alguém mais
maduro (no sentido de compreensão espiritual) a entender melhor a Bíblia, a ter
comunhão com Deus, e a perseverar na Fé.
O Mandamento do Discipulado
Esta prática não é uma estratégia desta igreja local, nem de
um grupo de pessoas. Não foi inventado por homens, mas orientada pelo próprio
Deus. Vejamos: Leia II Timóteo 2:2 e responda: Qual a ordem que Paulo deixou
para Timóteo?
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E o que esses homens deveriam fazer?
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Este é o mandamento do discipulado. Ele foi dado não
somente para Timóteo, mas para toda a igreja. Observe:
Leia Mateus 28: 19-20 e responda: Qual a ordem de Jesus para
seus discípulos?
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A Ordem de Jesus a todos os seus servos é esta:
Fazer discípulos em todos os lugares, levando pessoas a um
compromisso com Deus através do batismo, e ensinando tudo o que Jesus nos
ensinou.
Esses versos nos mostram também que o crente que não
forma discípulos de Cristo não está completamente dentro
da vontade deDeus.
É necessário “Ser e Fazer Discípulos”.
Existem muitas razões que nós entendemos para o discipulado,
mas queremos destacar três delas em especial, a saber: A necessidade do ensino,
a necessidade de ajuda e a necessidade de proteção. Vejamos:
1. A Necessidade do Ensino
Quando uma pessoa se converte,
ela ainda carrega muitos
conceitos e hábitos que estão errados, contrários à
Vontade de Deus. Existe então a necessidade de mudança. Esta
mudança não é instantânea. Ela vem através de uma
renovação da mente através da Palavra de Deus.
Leia Romanos 12.2 e responda: O que é necessário fazer para
conhecermos melhor a vontade de Deus?
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Esta renovação da mente vem através do entendimento da
Palavra de Deus. É necessário, portanto, que alguém nos ensine os
princípios básicos da fé, para que possamos prosseguir nesta
compreensão. Neste manual, procuramos prover pelo menos alguns destes ensinos
tão importantes, para os primeiros passos na Fé.
Leia Colossenses 1:28 e responda: O que Paulo fazia pelas
pessoas?
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E para que Paulo advertia e ensinava a todos os homens?
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Paulo ensinava as pessoas. O Discipulado é ensino. Este
ensino, conforme o texto lido, visa levar as pessoas a uma mudança de vida,
para uma grande
maturidade espiritual, onde as pessoas vivessem como
reflexos da vida de Cristo.
No Reino de Deus, ninguém pode dizer que é totalmente
independente dos outros. Deus nos fez dependentes de outros irmãos, para que
pudéssemos ajudar-nos uns aos outros. Somos todos membros do Corpo de Cristo.
Na verdade, o momento em que mais precisamos de ajuda é no
início da nossa conversão. Por isso, faz-se necessário termos um acompanhamento
de outra pessoa, mais experiente que nós, e que possa nos ajudar, naqueles
momentos mais difíceis.
O momento da conversão, e os primeiros meses desta
experiência, são também os momentos em que Satanás mais procura nos
demover da nossa decisão por Cristo. Ele faz isto através de dúvidas,
acusações, problemas, que podem nos desanimar. Há ainda o perigo de um ensino
falso, de uma seita religiosa vir, e procurar nos tirar do Caminho de Cristo,
para mentiras inventadas por homens.
Vê-se nisso então uma necessidade ainda maior de termos
alguém para nos apoiar, nos socorrer, nos ajudar, através de conselhos, amizade
e oração.
Caro discípulo, você com certeza, já presenciou fatos
assim na sua vida, onde você pensou em até desistir da fé, mas com a ajuda e a
palavra do seu consolidador, você permaneceu firme. É isso que é o discipulado.
Leia Mateus 9:9 e responda: Qual foi a atitude de Mateus ao
receber o chamado de Jesus?
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Leia Lucas 14: 33 e responda: O que se deve fazer para
tornar-se um discípulo?
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Para sermos discipuladores de outras pessoas,
precisamos verdadeiramente ser discípulos de Cristo. É necessário obediência a
Ele, renunciando tudo o que pode estar na nossa vida em desacordo com Sua
vontade.
Leia II Reis 19.19-21 e responda: Quem era o discipulador e
quem era o discípulo, neste texto?
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Leia Êxodo 24.13 e responda: Quem era o discipulador e quem
era o discípulo, neste texto?
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Leia II Timóteo 2.1-2 e responda: Quem era o discipulador e
quem era o discípulo, neste texto?
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Timóteo também foi um grande homem de Deus. É interessante
observarmos os constantes cuidados de seu discipulador, o Apóstolo Paulo, sobre
ele. Paulo escreveu duas cartas para ele (que foram incluídas no Novo
Testamento), revelando a preocupação que um discipulador deve ter sobre seus
discípulos. Esta deve ser também nossa atitude.
Temos muitos outros exemplos de discipulado, que poderíamos
citar. Jesus nos ensinou esta prática, quando Ele escolheu doze homens e os
discipulou. Estes homens deveriam discipular outros. No Novo Testamento vemos
Barnabé discipulando Marcos (o jovem que escreveu um dos evangelhos) e o
Apóstolo Paulo (Atos 9.26-28 e 13.2). Paulo, por sua vez, discipulou Lucas e
Timóteo. Enfim, muitos são os exemplos de discipulado na Bíblia.
Imagine que você tivesse que encher umas noventa garrafas de
água, com uma mangueira. Qual seria a forma mais fácil de encher: Esguichando
sobre todas elas ou enchendo uma por uma? Com certeza, é mais fácil esguichar
sobre todas elas, e esperar que se encham. No entanto, se você fizer assim, vai
demorar muito mais do .que se encher cada uma delas,
com a mangueira, individualmente. Dá mais trabalho, mas é mais eficaz.
Assim também é o discipulado. Se nós esperarmos que as
pessoas tenham crescimento espiritual, somente de ouvirem as mensagens pregadas
pelo pastor no púlpito, ou nas EBD’s, então o crescimento será muito limitado.
Mas se cada um de nós, fizermos a nossa parte, então com certeza, muito mais
pessoas serão edificadas, de uma maneira muito mais rápida.
Conclusão
Este é o desafio do discipulado, a que chamamos de
“Consolidação”. Você foi consolidado, e com certeza, cresceu muito
espiritualmente. A partir de agora esta é também a sua tarefa. Aliste-se neste
exército!!
Lembre-se: Existem em todos os lugares pessoas carentes,
necessitadas de ajuda e de acompanhamento espiritual. Se você edificar vidas e
fazer discípulos, que também discipulem outras
pessoas, você estará realizando a vontade de Deus. Que Deus o
abençoe grandemente. Mantenha acesa a chama do
discipulado em seu coração.
TAREFAS
Texto para decorar: II Timóteo 2.2
Leitura diária: Mateus
5.1-16; João 15; João 17; Atos 16; Ezequiel
3.16-19 e Isaías 6.1-8
ESPAÇO PARA ANOTAÇÕES.
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